ROTEIRO A PÉ PELO CENTRO DE SÃO PAULO


"Alguma coisa acontece no meu coração..."

"Sampa" é uma das músicas mais respeitadas e representativas da metrópole! É considerada um depoimento de carinho de Caetano Veloso à cidade que o acolheu na década de 60 onde ele se projetou nacionalmente.

E é nessa famosa esquina que começamos nosso roteiro a pé por Sampa!

Fotos Valéria Ballas e João Ballas

 

 
Com um calçado super confortável e muita vontade de desbravar novos rumos e conhecer ou redescobrir lugares, fomos em direção a Praça da República.
 



 
Curiosidades: Conhecida antigamente como Largo dos Curros, era ali que os paulistanos do século XIX assistiam a rodeios e touradas. Nessa época, como era uma área desvalorizada e afastada da região central, a cidade mantinha no local um hospício e um hospital para portadores de varíola.
A praça foi palco de manifestações importantes da história nacional notadamente com a eclosão da Revolução de 32.
Aos domingos você pode conferir a Feira de Artesanato que possui várias barracas trazendo artesanatos variados, inclusive vindos do Norte e Nordeste do Brasil e também de países vizinhos como o Peru.
Por um período ela esteve abandonada mas como vocês podem ver, hoje ela foi revitalizada e ganhou vida novamente!
Como era um sábado e tinham pouquíssimas barracas na praça, decidimos ir rumo a um lugar que era novo pra mim, a Galeria do Rock!
 
Boralá caminhar!!!
 


 
 
A Galeria do Rock é um centro de compra e foi fundada em 63, com o nome de Shopping Center Grandes Galerias. Localizada entre a Rua 24 de Maio, 62 e o Largo do Paissandu (Avenida São João), possui várias lojas com predominância para produtos relacionados ao rock e outros estilos musicais. É um dos principais points de tribos urbanas no centro de São Paulo. A galeria também  já foi locação da novela das sete da Rede Globo, Tempos Modernos e do seriado Aline.
 


 
 
Da própria galeria você pode ver a Igreja dos Pretos, a primeira igreja construída em estilo neo-romântico na cidade foi erguida por escravos e negros pobres para a realização de encontros e solenidades religiosas de influência africana. A estátua da Mãe Preta amamentando uma criança branca homenageia as antigas mães de leite e também a população afro-brasileira. A igreja ainda preserva a realização rituais católicos e afro-brasileiros, com oferenda de flores, bebidas e alimentos, além de pedidos em pedaços de papel. Eventualmente ocorrem congadas, festa religiosa que faz parte do folclore brasileiro. A atmosfera do local remete à época em que os devotos se refugiavam ali para cultos.
 


Depois de muito andar e conhecer novos lugares, chegou a hora do tão sonhado encontro... com o Bar Brahma! Fundado em  1948 pelo imigrante alemão Henrique Hillebrecht, logo se tornou um ponto de encontro de personalidades importantes dos meios acadêmico e político como Jânio Quadros, Ademar de Barros e Fernando Henrique Cardoso e do mundo artístico como Adoniram Barbosa, Orlando Silva, Ari Barroso, entre outros.
Nos anos 60 foi palco de discussões políticas promovidas pelos estudantes da Faculdade de Direito da Usp. Nas décadas seguintes, o bar acompanhou a deterioração de parte da área central da cidade de São Paulo, acabando por fechar as portas no início dos anos 90. Reaberto em 1997, com o nome de "São João 677"encerrou as atividades já no ano seguinte!
Para nossa alegria foi reinaugurado em 2001 com o nome original. Localizado em um dos endereços mais famosos do centro de São Paulo, na esquina das avenidas Ipiranga e São João e é pra lá que vamos agora!




E pra fechar nosso ciclo e poder mostrar pra nossa filha Ligia o que é um cinema de rua, resolvemos encerrar nosso roteiro assistindo um filme no Cine Marabá.
Inaugurado em 1944 em uma área que ficaria conhecida como Cinelândia Paulistana.
O Marabá ficou aberto por 63 anos ininterruptos até meados de 2007. Até então, era a única sala da Cinelândia a permanecer dentro do circuito de exibição comercial.
O cinema era uma sala com capacidade para 1.655 lugares e infelizmente, após o restauro, acabou sendo dividido em cinco salas, a maior delas de 430 assentos; e as menores, com capacidade de 122 a 176 espectadores. Mas mesmo assim continua o charme de poder assistir a um bom filme em pleno centro de São Paulo.
Ahhhh e vale sim fazer o selfie no banheiro do Cine Marabá! rsrsrs



 
 
Apesar de muitas pessoas ainda terem receio de fazer seus passeios pelo Centro de São Paulo, posso garantir que ela está repleta de turistas, todos com suas câmeras fotográficas, fascinados pela estrutura e pela história dessa metrópole louca e apaixonante!
Espero que tenham gostado!
 
Informações: Wikipédia
 
Crédito das Fotos: Valéria e João Ballas
 
 


 
 
 
 
 


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